sábado, 10 de dezembro de 2011

JOGO DOS 7 ERROS - VERSÃO HÍDRICA


Você sabe o que significa cada um destes erros?

Respostas:

1 – Ocupação irregular das margens

2 – Erosão das margens

3 – Lixo e entulho jogados próximo ao córrego

4 – Assoreamento do leito do córrego

5 – Ausência de mata ciliar

6 – Poluição das águas por esgoto doméstico e industrial

7 – Animais como vacas e cavalos podem provocar o pisoteamento de nascentes e sua consequente destruição

Esse é o córrego Serrinha no município de Goiânia. Numa única imagem fomos capazes de sintetizar no mínimo 7 problemas graves, triste saber que esse é um retrato fiel do que acontece a quase todos os cursos d’água da cidade. A urbanização sem planejamento é a assassina de córregos e rios das cidades do nosso país e de outros locais do mundo.


Fonte: http://guiaecologico.wordpress.com/

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

FUNDO VERDE - UM PROGRAMA PARA O MEIO AMBIENTE EM NOSSA REGIÃO

A COOPERBOM TURISMO - cooperativa de turismo responsável e sustentável, agencia de viagens sediada em Ilhéus (BA) atuando em todo o Brasil, criou o FUNDO VERDE, o endowment para os programas de educação ambiental da organização.
Inicialmente este fundo vai atender ao projeto de educação ambiental nas escolas do município com três escolas participantes, uma municipal, uma estadual e uma particular.
O endowment do FUNDO VERDE vai ser captado com a venda dos produtos da agencia de viagens que comercializa pacotes turísticos, city tours, cruzeiros, reservas em meios de hospedagem, dentre outros. Este tipo de captação de recursos já funciona para o Projeto Cooperativo Empreender Mulher que com o programa proporciona fundos para a compra de materiais dos cursos de artes da cooperativa para jovens e mulheres carentes da comunidade.
Ao utilizar os serviços da agencia cooperativa, o cliente além de ter um atendimento diferenciado e preços menores, participa do Clube Cooperbom Fraternité (sistema de bonus acumulados para as próximas viagens) e se torna um parceiro dos projetos sociais e ambientais da organização, pois o lucro com a venda dos serviços é socializado.
A contribuição de todos nos torna parceiros e fraternos. 2012 é o Ano Internacional das Cooperativas pela ONU, as ações que estão sendo programadas para o ano de 2012 promoverá uma maior interação entre as cooperativas e as comunidades onde estão inseridas, gerando emprego e renda através dos diversos programas de capacitação.

Onde existem cooperativas o IDH é mais elevado.

Maria Morais
Alianças Estratégicas & Projetos
Cooperbom Turismo

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Operação Praia Limpa!!


Car@s amig@s

Neste sábado, 10 de dezembro, venha nos ajudar a limpar a Praia da Av. Soares Lopes e a Praia do

Cristo!

Traga seu chapéu, seu protetor solar, água, luvas e todos os seus amigos!

O nosso encontro será às 10:00h na Praça da Catedral de São Sebastião. Toda e qualquer ajuda será apreciada.

Vamos começar a limpeza de Ilhéus, retirando o lixo da Praia.

TODO O LIXO COLETADO SERÁ DOADO PARA A COOLIMPA – Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Ilhéus.

No meu aniversário eu quero como presente, a sua presença! VAMOS LIMPAR ILHÉUS!

SEJA UM PRESENTE PARA MIM! SE VOCÊ NÃO PUDER VIR, ENVIE UM REPRESENTANTE OU 10 OU 100...

Também vamos precisar de uma cobertura e apoio com água, sacos de lixo e caminhão para entregar o material na COOLIMPA.

Mensagem da Maria do Socorro Mendonça.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Brasília “toca violino” enquanto a Amazônia queima, diz The Economist

Queimada na floresta: cada vez mais, o mundo cobra do Brasil uma política de preservação.

Em tom de crítica aos legisladores brasileiros, revista britânica afirma que o futuro da Amazônia depende dos povos indígenas e de bons agricultores.


A reportagem da revista britânica The Economist desta semana diz que o futuro da Amazônia depende mais dos povos indígenas e dos bons agricultores (leia-se regularizados) do que dos legisladores do Congresso.

A matéria intitulada “Fiddling while the Amazon burns” (no portugês "Tocando violino enquanto a Amazônia queima") - uma referência ao grande incêndio que, reza a lenda, devastou Roma, enquanto o imperador Nero tocava violino – diz que a maior floresta sofre diariamente com desmatamentos e queimadas ilegais, enquanto “a um mundo de distância dalí, em Brasília, políticos discutem os destinos da Floresta”.

Segundo a reportagem, o debate sobe o novo Código Florestal está longe de chegar a um consenso – o único acordo comum é de que reformas são, sim, necessárias – mas que, no entanto, o cumprimento das leis florestais e a fiscalização por parte dos órgãos públicos deixam a desejar.

A matéria destaca ainda que a proposta de anistiar os proprietários rurais que desmataram até junho de 2008 e regularizar, sem penalidades, os que estão “ilegais”, segundo previsto no novo texto do Código, é considerado um absurdo por agricultores que estão em dia com a lei e que mantém a floresta em pé.

O exemplo dos Suruí

O texto da Economist aponta como positivo os esforços de alguns povos indígenas para proteger a Amazônia de atividades ilegais. “A tribo Suruí mudou as suas 25 aldeias para as fronteiras do seu território para obter alerta precoce de incursões irregulares”.

Além disso, os Suruí são os primeiros povos indígenas brasileiros a fim de definir um projeto de REDD, um regime de auxílio internacional para evitar o desmatamento. De acordo com a reportagem, “isso será mais fácil se os políticos aprovarem um Código Florestal que olhe para o futuro, e não para o passado e, que forneça os meios para cumpri-lo”.

Fonte: http://exame.abril.com.br

sábado, 3 de dezembro de 2011

Réquiem para o Código Florestal

José Eli da Veiga

José Eli da Veiga é livre-docente do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo (FEA/USP), professor da pós-graduação do Instituto de Relações Internacionais da USP (IRI/USP) e do mestrado profissional em sustentabilidade do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ). Veiga é pesquisador do Núcleo de Economia Socioambiental (Nessa). É autor dos livros “Mundo em Transe”, "Desenvolvimento Sustentável: que Bicho é Esse?” e "A Emergência Socioambiental” entre outros. Foi Secretário do Conselho Nacional Rural Sustentável (2001-2002) e professor da PUC-SP (1980-1983).

www.zeeli.pro.br (Jornal Valor Econômico)

Quem ganha ou perde com a lei que revogará o Código Florestal? O balanço já pode ser feito com base no extenso e intricado projeto que resultou de trâmite-relâmpago em quatro comissões do Senado. Talvez ajude os senadores dispostos a mitigar em plenário seus impactos mais nocivos.

Quem mais ganha são os bovinocultores, pois adquirem o direito de não devolver cobertura vegetal aos 44 milhões de hectares de áreas sensíveis em beiras de rio, encostas, topos de morro e nascentes, que foram invadidas por degradantes pastagens. Um crime de lesa humanidade, pois a ocorrência de pastos nessas áreas de preservação permanente (APP) desrespeita um dos mais básicos fundamentos das ciências agrárias e da economia socioambiental.

São infinitamente menos graves as implicações da análoga "consolidação" de atividades agrícolas ou florestais nos demais 11 milhões de hectares subtraídos às APP, pois na maioria dos casos ela não comprometerá as principais funções ecossistêmicas da manutenção de vegetação nativa, além de também não promover assoreamentos ou erosões. Por isso, as benesses aos tradicionais arrozeiros gaúchos, produtores catarinenses de maçã, cafeicultores mineiros, etc., não serão concedidas em detrimento do interesse nacional, público ou social. Não chega a haver conflito. Se aberrações forem mantidas, nova lei será mais um estímulo à exportação barata dos recursos naturais.

Na mesma toada, praticamente ninguém sairá perdendo com os dispositivos do projeto que facilitam as compensações das reservas legais (RL). Além de acabarem com a irracionalidade de impedir a exploração de terras de alta aptidão agrícola, também evitam as desvantagens da dispersão desses tesouros de biodiversidade em fragmentos isolados. Ao instituir a Cota de Reserva Ambiental e incentivar compensações em condomínios, o novo programa "PRA" estimulará o surgimento de mercados estaduais de compensações, atendendo tanto os interesses dos que devem respeitar as normas da "RL", quanto os interesses da coletividade.

Todavia, vai em direção oposta o tratamento "vip" oferecido a todos os proprietários de imóveis com área de até quatro módulos fiscais, em vez de restringir tais regalias apenas a esses pequenos empreendedores que se matam para garantir a educação dos filhos com a esquálida remuneração do árduo trabalho de sitiante. Grande parte dos imóveis com área de até quatro módulos fiscais são bucólicas chácaras de recreio de privilegiadas famílias urbanas. Com certeza, muitos dos membros do Congresso passam alguns de seus fins de semana em propriedades desse tipo, mesmo que não lhes pertençam, por serem de parentes ou amigos. O viés chega a ser escandaloso, pois tais imóveis nada têm a ver com aquilo que muitos parlamentares adoram chamar de "setor produtivo".

Também serão muito beneficiados todos os que cometeram desmatamentos ilegais no intervalo de dez anos entre o início da regulamentação da Lei de Crimes Ambientais e o odiado decreto do ex-presidente Lula, de 22 de julho de 2008, sobre infrações ambientais. Qual a razão da escolha dessa data, em vez de setembro de 1999, para demarcar a separação entre as normas atinentes ao chamado passivo ambiental das que o projeto propõe para o presente e o futuro? Quem são os diretamente interessados nesse expediente que joga o projeto na imoralidade? Por que a base parlamentar do governo Dilma temeria rejeitar tão asquerosa prerrogativa aos devastadores?

No geral, também sairão bem favorecidos os setores e ramos mais propensos à "absorção da proposta neocolonizadora da China", como diz Carlos Lessa, ou que defendem o "Brasil da Fama" (fazenda, mineração e maquiladoras), como diz Marcio Pochmann. É um projeto que atropela simultaneamente a política climática (PNMC), o Plano Brasil Maior, e o Documento de Contribuição Brasileira à Conferência Rio+20, pois se opõe - em gênero, número e grau - ao "Brasil do Vaco" (valor agregado e conhecimento). Aliás, chega mesmo a autorizar a Camex a adotar medidas de restrição às importações, contrariando o empenho da presidenta em impedir que pretextos ambientais levem a Rio+20 a legitimar mais obstáculos ao comércio internacional.

Apesar disso tudo, o Código Florestal terá um digno e respeitoso funeral se o plenário do Senado adotar apenas três simples, mas incisivas, intervenções cirúrgicas. Primeiro, excluir pastagens de todos os perdões oferecidos aos desmatamentos de APPs. Segundo, admitir tratamento preferencial apenas à agricultura familiar legalmente reconhecida, com repúdio a qualquer discriminação baseada em área de imóvel, seja ela medida em módulos fiscais ou em qualquer outra unidade. Terceiro, substituir o rancoroso símbolo político de 22 de julho de 2008 por uma data que ao menos faça algum sentido jurídico.

Se, ao contrário, a maioria se inclinar pela manutenção dessas três aberrações, a lei que revogará o Código Florestal será mais um grande estímulo à exportação barata dos recursos naturais concentrados na carne bovina. A exata negação do que reza o sétimo dos oito "princípios" que abrem o projeto: "fomentar a inovação em todas as suas vertentes".